1 de março de 2010



"Existem duas formas de estar perdido. Uma que se pode resolver mais facilmente, a outra é mais difícil de lidar. São duas paisagens diferentes: a cidade e o deserto. Na cidade, quando nos perdemos, podemos ir ao posto de turismo mais perto e pedir um mapa. Ou então, perguntamos ao polícia que vemos do outro lado da rua, ou a alguém simpático que nos explica onde estamos e para onde queremos ir. Na cidade, tudo é diferente, confuso, há mil caminhos possíveis. Estar perdido na cidade é esta experiência de termos tanto para escolher e não saber o que será melhor. Aí, só nos podemos encontrar quando alguém nos ajuda. No deserto, não temos ninguém a quem perguntar, não há mapas nem referências. No deserto, vive-se uma experiência de solidão e imensidão. Só se orienta quem conhece a direcção do sol e o lugar das estrelas. Só não se perde no deserto quem conhece além do que vê, quem sabe e quem tem confiança. Nestas duas formas de estar perdido, existe algo em comum: o desejo de encontrar o caminho certo, regressar ao rumo que nos leva ao nosso destino.(...)"

( texto de António Valério, sj)


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