9 de maio de 2008

Via-Sacra

Para alguns, os passos dados no dia 29 de Fevereiro resumiram-se ao caminho habitual para o colégio, a subida de alguns degraus para o quarto ou a ida para a sala de jantar. Para algumas pessoas, as paragens que fizeram nesse dia foram o ajoelhar-se para apanhar o telemóvel, o baixar-se para apertar os atacadores das sapatilhas ou o deitar na cama para dormir.
Para outros, o dia 29 de Fevereiro foi marcado por outros passos e outras paragens para além daqueles a que estamos acostumados no nosso dia-a-dia.
Neste dia, o Grapa organizou mais uma Via-Sacra. Esta contou com a participação de alguns alunos do CAIC e com todos aqueles que trouxeram no coração.
Reunimo-nos por volta das 18h para este momento tão importante que é a paixão de Jesus.
Tendo um percurso pré-definido, arrumámos o nosso espírito para acolher este pack grandioso constituído por Deus Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo.
Sentindo o peso da cruz nas costas, pusemos à prova a nossa resistência e aproximámo-nos mais das sensações de Jesus e da sua grande prova de amor...
Somos postos à prova diariamente. Constantemente são questionadas as nossas emoções e a convicção que depositamos nos nosso actos.
Inspirando fortemente o aroma de cada uma das estações que constituem a Via-Sacra, entregámo-nos com humildade aos nossos companheiros de caminhada... Àqueles que sentiram as mesmas dores nos pés e nas pernas, àqueles que cansados lutavam para chegar à meta. Nas mesmas circunstâncias torna-se mais "acessível" conhecer e sobretudo amar o outro.
Presenteados com um símbolo característico de cada paragem, levámos connosco uma recordação palpável... Orgulhando-nos das cruzinhas que cuidadosamente atámos à volta do pescoço, vivenciámos uma experiência doce e amarga, intensa ou descontraída...
Que saibamos encarar as cruzes com aceitação e delicadeza... Que saibamos contar com aqueles que nos procuram.
Preenchidos, regressámos a casa. Fomos até à sala de jantar, subimos os degraus para o nosso quarto, baixámo-nos para desapertar os atacadores das sapatilhas e deitámo-nos para dormir...

Madalena Görne

1 comentário:

Anónimo disse...

comoveste-me! que dom...
muito bom texto

que deus esteja com todos voces!

Lília